No Boletim de Comércio Exterior da Região Intermediária de Uberaba (RGInt) do 1º semestre de 2025 (1ºS de 2025) é visto que as exportações da Região em valor (US$ 1,94 bilhão ou R$ 11,09 bilhões) foram 3,55% inferiores às do mesmo período de 2024, correspondendo a 22,26% do PIB anual da RGInt. Já em quantidade/volume (1,51 milhão de toneladas), a redução foi de 17,05%.

Pelo Índice calculado, que trata dos preços, quantidades e do valor exportado, ponderado pela relevância/participação de cada um dos principais produtos exportados, a queda do valor exportado no primeiro semestre se deu, principalmente, pela redução dos preços (-1,11%).

Dos 29 municípios que compõem a Região, Araxá concentrou parte considerável do valor total no período (US$ 1,18 bilhão e 61,00% do total). E dos 155 produtos exportados, Ferro-Ligas (US$ 1,01 bilhão) e Açúcar (US$ 396,31 milhões) foram os principais produtos vendidos, concentrando 72,76% do valor exportado no período. Dentre os 87 diferentes países de destino, a China foi a maior compradora da Região, adquirindo produtos no valor total de US$ 801,70 milhões (41,31% das exportações totais). 

Já a redução das exportações decorreu, sobretudo, da queda das vendas de Açúcar por Delta (-40,12%), Frutal (-70,47%), Santa Juliana (-74,93%), Pirajuba (-35,68%), Uberaba (-38,22%), Conceição das Alagoas (-27,38%) Itapagipe (-82,05%) e Carneirinho (-24,84%). A queda das exportações ocorreu para vários países, mas principalmente nas negociações de Açúcar para Indonésia (-73,01%), Arábia Saudita (-64,83%) e Argélia (-39,22). Já em relação aos aumentos, destacam-se as vendas de Ferro-Ligas por Araxá (+10,01%) e Soja por Iturama (+US$ 54,37 milhões) e Planura (+ US$ 22,79 milhões).

A taxa de câmbio nominal apresentou aumento nesse interim – média de R$/US$ 5,08 no 1ºS de 2024 para R$/US$ 5,76 no 1ºS de 2025 (+13,18%). Em relação às taxas de câmbio efetiva real IPA e IPCA – que levam em conta não apenas a relação de preço das moedas Real e Dólar, mas, também, a relação do Real com outras moedas, e compara o movimento de preços no Brasil com os demais parceiros –, verifica-se que o índice vinculado ao IPA-DI exibiu aumento inferior aos demais indicadores, o que indica que os preços aos produtores (preços de produtos agropecuários e industriais nas transações interempresariais) se elevaram mais do que os preços aos consumidores.

Para o valor e a quantidade exportada pelo Brasil, dos mesmos principais produtos vendidos ao exterior pela Região, ressalta-se que o 1ºS de 2025 foi de variação negativa do valor (-8,07%) e da quantidade exportada (-5,48%), em relação ao 1ºS de 2024. Ou seja, a redução do valor exportado pela RGInt de Uberaba foi menor do que a do Brasil como um todo, enquanto a redução da quantidade exportada foi superior. Para a análise dos produtos em separado, destaca-se a Soja, que pela Região exibiu aumento do valor exportado (+16,04%), enquanto o Brasil como um todo apresentou redução (-8,89%).  

Por Fator Agregado, os produtos classificados como Produtos Semimanufaturados foram os principais exportados pela Intermediária de Uberaba (52,34%). Pela Classificação Internacional Padrão por Atividade Econômica (SIIT), vê-se que a maior parte, 59,84% do valor total, é da Indústria de Transformação de Média-Baixa Tecnologia.

Quanto à estimação dos fluxos de água utilizados no processo produtivo (método da pegada hídrica), pode-se dizer que a Região Intermediária de Uberaba exportou, no 1ºS de 2025, embutido nos produtos agrícolas vendidos ao exterior, um total de 1,48 bilhão de m3 de água. Desse total, a maior parte adveio do Açúcar, que representa 71,41% desse total, seguida da Soja, com 27,96%.

Os resultados das importações da Região e outras informações relacionadas podem ser encontradas no Boletim completo, disponível aqui!

Boletim divulgado em 22/09/2025.

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