No Boletim de Comércio Exterior da Região Intermediária de Uberaba (RGInt) do 1º semestre de 2024 (1ºS de 2024) é visto que as exportações da Região (US$ 2,00 bilhões ou R$ 10,21 bilhões) foram 13,51% superiores às exportações do primeiro semestre de 2023, correspondendo a 20,49% do PIB anual da RGInt. Para as quantidades exportadas (1,80 milhão de toneladas), estas foram 50,15% superiores ao primeiro semestre de 2023. Esses números foram os maiores das suas respectivas séries históricas (desde 1997).

Pelo Índice calculado, que trata dos preços, quantidades e do valor exportado, ponderado pela relevância/participação de cada um dos principais produtos exportados, o aumento do valor das vendas externas da RGInt, no primeiro semestre de 2024, deu-se pela elevação das quantidades (11,61%), uma vez que houve queda dos preços (-0,94%).

Dos vinte e nove municípios que compõem a Região, Araxá concentrou parte considerável do valor total no período (US$ 1,07 bilhão e 53,52% do total). Todavia, Uberaba foi o principal vetor de expansão das vendas para o exterior da Região (US$ 268,45 milhões exportado e aumento de 143,61%). Verifica-se, também, o aumento do valor exportado para a maioria dos municípios (16 de 20). Quanto às exportações em relação ao PIB, Pirajuba exibiu o maior valor (93,79%).

Dos 149 produtos exportados pela Região no 1ºS de 2024, Ferro-Ligas  (US$ 924,99 milhões) e Açúcar (US$ 622,61 milhões) foram os principais produtos vendidos, concentrando 77,23% do valor exportado no período. Quanto aos aumentos, destacam-se, principalmente, as vendas de Açúcar (+37,73%) e Soja (+533,34%), enquanto Ferro-Ligas exibiu queda importante (-9,38%) do valor exportado no primeiro semestre.

Dentre os 83 diferentes países de destino das exportações da RGInt no 1ºS de 2024, a China foi a maior compradora da Região, adquirindo produtos no valor total de US$ 625,47 milhões (31,21% das exportações totais). Todavia, os principais vetores de expansão do valor exportado da RGInt nesse período foram a Indonésia (impacto de 3,87 p.p.) e o Japão (impacto de 2,30 p.p.).

Os resultados das importações da Região e outras informações relacionadas podem ser encontradas no Boletim completo, disponível aqui!

Henrique Ferreira de Souza
Doutor em Economia e Economista/Pesquisador do Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais (CEPES)
Instituto de Economia e Relações Internacionais (IERI)
Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
 
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