Exportações da RGInt de Uberaba apresentaram aumento de 11,60% em 2024
Publicado: 28/01/2025 - 08:49
Última modificação: 28/01/2025 - 08:49
No Boletim de Comércio Exterior da Região Intermediária de Uberaba (RGInt) de dezembro de 2024 é visto que as exportações da Região no ano, no valor total de US$ 4,36 bilhões (correspondente a 47,43% do seu PIB), foram 11,60% superiores às de 2023. Em termos de quantidade, foram exportadas 4,03 milhões de toneladas, um aumento de 24,66% em relação a 2023. Ambos os resultados foram os maiores das suas séries históricas.
Desse modo, pelo índice de preço calculado, o aumento do valor exportado se deu pela elevação da quantidade vendida, uma vez que os preços apresentaram dinâmica de queda no período (-1,92%).
Para as exportações em reais – R$ 23,63 bilhões em 2024 e R$ 19,47 bilhões em 2023 –, o aumento foi de 21,37%, superando o crescimento em dólares (11,60%). Isso se deve à desvalorização do real em relação ao dólar, com a média da taxa de câmbio passando de R$/US$ 4,99 em 2023 para R$/US$ 5,39 em 2024, representando um aumento de 7,84%.
Dos 29 municípios que compõem a Região, Araxá foi o maior exportador no ano (US$ 2,29 bilhões), concentrando 52,53% do valor total. Já para as exportações em relação ao PIB, Delta exibiu o maior indicador (352,92%). Quanto ao aumento do valor exportado em 2024, Uberaba (+39,48%) e Delta (+45,91%) foram os municípios que mais contribuíram para essa dinâmica.
Dos 199 produtos exportados pela RGInt em 2024, Ferro-Ligas e Açúcar foram os principais produtos vendidos, agrupando 79,64% do valor exportado no período. Dentre os produtos que puxaram o valor exportado para cima no ano de 2024, destacam-se Açúcar e Soja, que apresentaram taxas de crescimento de 18,94% e 266,78%, respectivamente. Ambos os produtos também exibiram expansão da quantidade vendida (+14,24% para o Açúcar e +333,37% para Soja), com aumento no preço médio do Açúcar (+4,11%) e queda no preço da Soja (-15,37%).
Dentre os principais resultados para os produtos exportados por município no ano de 2024, destacam-se os aumentos das vendas de Soja por Uberaba (+267,11%) e de Açúcar por vários municípios, mas, principalmente, por Delta (+46,07%).
Para as exportações do Brasil como um todo, dos mesmos 16 principais produtos vendidos ao exterior pela Região, ressalta-se que as vendas em 2024 apresentaram uma variação negativa no valor (-5,77%) e na quantidade exportada (-10,20%). Em contrapartida, a Região Intermediária de Uberaba registrou um aumento nas exportações em ambos os indicadores. Essa diferença se deve, principalmente, às quedas nas exportações brasileiras de Soja (-19,35%) e Álcool (-34,19%), enquanto a Região apresentou aumento das exportações nessas duas mercadorias (+266,78% para Soja e +8,66% para Álcool).
Em 2024 os exportadores da Região Intermediária de Uberaba negociaram com 104 diferentes países, dos quais a China continuou sendo a maior compradora da Região, adquirindo produtos no valor total de US$ 1,33 bilhão (30,48% das exportações totais). Todavia, os principais vetores de expansão do valor exportado da RGInt nesse período foram Indonésia (+113,37%) e EUA (+26,56%).
Ao observar a relação entre produto e destino/país, para os produtos que mais impactaram as exportações da RGInt, nota-se que o aumento das vendas de Soja ocorreu, sobretudo, para a China (+256,38%), enquanto as vendas de Açúcar foram para Indonésia (+122,40%), Argélia (+204,72%), Iraque (+121,63%) e outros, mas com importante queda das compras chinesas também (-49,63%).
Para o estudo por Fator Agregado, verifica-se que os produtos classificados como Semimanufaturados foram os principais exportados pela Intermediária de Uberaba (44,82% das exportações totais). Quanto à Classificação Internacional Padrão por Atividade Econômica, os produtos do item Produto da Indústria de Transformação de Média-Baixa Tecnologia foram os principais (52,66%).
Os resultados das importações da Região e outras informações relacionadas podem ser encontradas no Boletim completo, disponível aqui!
Boletim divulgado em 28/01/2025.
Henrique Ferreira de Souza
Doutor em Economia e Economista/Pesquisador do Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais (CEPES)
Instituto de Economia e Relações Internacionais (IERI)
Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
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